AGNELO PEIXOTO DE QUEIROZ nasceu aos 14 dias do
mês de dezembro de 1896, em Pau dos Ferros, Estado do Rio Grande do Norte. Ele
era o quarto filho de uma prole de sete do casal Francisco Assis de Queiroz
Peixoto e Maria José do Espírito Santo. Era casado com Maria Diolinda do
Nascimento, de cujo enlace matrimonial, em 1917, nasceram oito filhos (seis
homens e duas mulheres).
Na vida profissional trabalhou na agropecuária de
subsistência no sítio ‘Curral Velho’, de sua propriedade, que foi desapropriada
no Regime Militar, na década de 70, juntamente com outras comunidades da
região, para implantação do Perímetro Irrigado, cuja infraestrutura e operação
só vieram a ser inauguradas, oficialmente, em 28 de outubro de 1987 pelo então
Presidente da Republica, José Sarney, e o Governador do RN, Geraldo Melo.
Agnelo Peixoto de Queiroz também atuou no ramo do
corte de carnes, denominado, na época, de ‘marchante’. O oficio de açougueiro
foi levado adiante por alguns filhos, netos e bisnetos até os dias atuais.
‘Padrinho’, como era carinhosamente tratado por
seus entes queridos, ao receber o pagamento da indenização das suas terras pelo
Governo Federal, veio morar na sede do município de Pau dos Ferros, em 01 de
março de 1975, na casa que adquiriu com os recursos financeiros, localizada na
rua Napoleão Diógenes, 289, onde faleceu, aos 95 anos, em 11 de maio de 1991.
Pouco tempo após sua passagem para o plano espiritual, os familiares venderam o
imóvel para construção da Capela de São Judas Tadeu, padroeiro da comunidade.
Como cristão católico fervoroso, era uma assíduo freqüentador
das missas, rezava várias vezes ao dia, inclusive na hora das refeições para
agradecer a Deus pelo ‘pão de cada dia’, e ao deitar e se levantar para a
labuta.
Há fortes indícios de que o apelido ‘Capote’ –
como é conhecida a numerosa família pau-ferrense da qual é o patriarca – seja
uma corruptela do nome próprio Agnelo que, pra época, era exótico, e seus
contemporâneos, por não saberem pronunciar, passaram a chamar de ‘seu Guiné’
que, na região Nordeste, também é a ave capote e, certamente daí, ficou criada
a alcunha. E para perpetuar a identificação, um trisneto dele foi registrado,
em cartório, com o nome de Esaú Capote.
Pela sua contribuição com a vida social,
econômica e do desenvolvimento de Pau dos Ferros, a Câmara de Vereadores, por
meio da Lei 796/99, de 15 de outubro de 1999, prestou-lhe homenagem póstuma ao
batizar uma rua no bairro Manoel Deodato com o seu nome.
FONTE – BLOG DO CAPOTE